Fetraf-RS participa do Grande Expediente sobre o Golpe à Agricultura Familiar

A coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back e o presidente do Sintraf-Sul, Tiago Klug, participaram nesta terça-feira(09), do Grande Expediente na Assembleia Legislativa.

Escrito por: Assessoria de Imprensa Fetraf-RS • Publicado em: 10/08/2016 - 14:05 Escrito por: Assessoria de Imprensa Fetraf-RS Publicado em: 10/08/2016 - 14:05
A coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back e o presidente do Sintraf-Sul, Tiago Klug, participaram nesta terça-feira(09), do Grande Expediente na Assembleia Legislativa, promovido pelo deputado estadual Zé Nunes. Em quase uma hora de manifestação, o parlamentar reforçou que “o que está em jogo é a disputa na sociedade de um projeto desenvolvimento, um projeto de nação e uma visão de mundo”. Ele, ainda, mostrou dados sobre importância histórica, as perspectivas, as funções e os desafios da agricultura familiar e fez duras críticas à extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) pelo governo interino de Michel Temer, assim como a redução do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural do RS (SDR) promovidas pelo Governo Sartori.
 
 
“A extinção do MDA foi um gesto de crueldade e crime pré-determinado”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, a manifestação na Assembleia Legislativa teve como objetivo denunciar os retrocessos e o golpe já produzidos pelo governo ilegítimo de Temer à agricultura familiar do País, bem como as iniciativas propostas de colocar o setor na condição de política acessória e secundária e não mais como atividade estratégica para o desenvolvimento do Brasil. Na tribuna do Parlamento gaúcho, Zé Nunes denunciou, também, os retrocessos vividos no RS pelo Governo Sartori. Disse que o governador não implementa políticas e promove o enfraquecimento desta atividade econômica, considerada a mais importante do estado.
 
Ao fazer uma análise histórica, Zé Nunes comentou que, desde a década de 90, a atuação de corporações transnacionais ligadas aos negócios agrícolas ganhou relevo no Brasil, num movimento de expansão da agricultura capitalista que delineou uma nova etapa de modernização técnica da agricultura no país, designada como agronegócio. O deputado citou que a pequena propriedade familiar foi a mais prejudicada pela capitalização do campo, principalmente, devido à monocultura. Para ele, “o projeto de modernização capitalista do campo teve a resistência dos pequenos agricultores e suas organizações, que, em muitas situações, denunciaram e cobraram dos governos as consequências aos pequenos pelo projeto adotado”.
 
Organizações do Campo
 
Zé Nunes citou as organizações sociais no campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Via Campesina, o Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da CUT (DNTR), que deram origem à Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF), que começam a participar da vida ativa de disputas e conquistas no campo. “Surge, assim, um novo cenário, novos embates e estabelece-se um novo arranjo institucional no país.” Como resultado do fortalecimento destas organizações, o deputado Zé Nunes citou que, já em 1995, é criado o “grande instrumento” para a consolidação da agricultura familiar como categoria, o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), cujo proposta era a de para propiciar condições de aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria da renda dos agricultores familiares. “Na sequência, e após muita mobilização, é criado o MDA, durante o governo FHC, agora extinto por Michel Temer.”
 
Ministério
 
Em defesa do MDA, o deputado afirmou que ??o ministério teve como competências a reforma agrária, a promoção do desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares, a identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos. “Um ministério importante, assim como a própria agricultura familiar, responsável pelo abastecimento de cerca de 87% dos produtos da cesta básica dos brasileiros.”
 
Foi nos governos Lula e Dilma que ocorreram os maiores investimentos federais na agricultura familiar. Zé Nunes ??apresentou números que demonstram essa evolução. Com o MDA??, o P??ronaf, em nível nacional, saiu de menos de R$ 2 bilhões, em 95/96, para ??R$ 10?? bi??lhões?? (84% executados)??, em 2006/2007????. Com a presidenta Dilma Roussef, “temos a projeção no Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/ 2017 de R$ ??30 ??bilhões. No RS, o Pronaf, no período de 1998 a 2010, foram aplicados, aproximadamente, R$ 15,6 bilhões.
 
“Extinguir o MDA, no primeiro dia de governo interino, diz muito do caráter e das pretensões dos golpistas. A crueldade, o sadismo e o sentimento de impunidade costumam sempre andar juntos. Até que o povo os derrote”, comentou Zé Nunes.
 
Aparte
 
Ao ??se manifestar sobre o assunto, o deputado estadual Altemir Tortelli destacou a importância de formação de uma grande unidade dos diferentes segmentos da Agricultura Familiar para resistir às medidas que o “governo interino e golpista” de Michel Temer está adotando no Brasil. “Conquistas históricas, garantidas com mais de 30 anos de luta social pelas organizações da agricultura familiar, estão ameaçadas. Esse debate é fundamental para nos chamar a responsabilidade de luta, a partir de uma grande unidade do conjunto das entidades do setor, para fazer o enfrentamento contra esse governo golpista, que não respeita a classe trabalhadora e nem a luta de homens e mulheres que deram suas vidas para conseguir um pouco de dignidade e decência ao meio rural brasileiro”, afirmou Tortelli.
 
SDR
 
A criação da SDR foi uma das mais importantes ações do começo do governo Tarso Genro, que proporcionou, inclusive, o combate à pobreza extrema no meio rural. Em valores, o governo Tarso investiu na SDR R$ 1,4 bilhão, recuperou a Emater e revitalizou a Ceasa. Mas, em 2015, uma guinada mudou os rumos de toda uma proposta que estava dando bons resultados. Ao assumir o governo, Sartori não extinguiu a SDR, mais por conveniência política do que por opção de projeto. Porém, reduziu a Secretaria, sucateou a Emater, paralisou programas e diminuiu a aplicação de recursos pela metade.
 
O ex-ministro, Guilherme Cassel (MDA), o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, a coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Bach e o coordenador da Unicafes, Gervásio Plucinscki foram algumas das autoridades que prestigiaram a manifestação do deputado Zé Nunes.
 
Fetraf RS
Título: Fetraf-RS participa do Grande Expediente sobre o Golpe à Agricultura Familiar, Conteúdo: A coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back e o presidente do Sintraf-Sul, Tiago Klug, participaram nesta terça-feira(09), do Grande Expediente na Assembleia Legislativa, promovido pelo deputado estadual Zé Nunes. Em quase uma hora de manifestação, o parlamentar reforçou que “o que está em jogo é a disputa na sociedade de um projeto desenvolvimento, um projeto de nação e uma visão de mundo”. Ele, ainda, mostrou dados sobre importância histórica, as perspectivas, as funções e os desafios da agricultura familiar e fez duras críticas à extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) pelo governo interino de Michel Temer, assim como a redução do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural do RS (SDR) promovidas pelo Governo Sartori.     “A extinção do MDA foi um gesto de crueldade e crime pré-determinado”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, a manifestação na Assembleia Legislativa teve como objetivo denunciar os retrocessos e o golpe já produzidos pelo governo ilegítimo de Temer à agricultura familiar do País, bem como as iniciativas propostas de colocar o setor na condição de política acessória e secundária e não mais como atividade estratégica para o desenvolvimento do Brasil. Na tribuna do Parlamento gaúcho, Zé Nunes denunciou, também, os retrocessos vividos no RS pelo Governo Sartori. Disse que o governador não implementa políticas e promove o enfraquecimento desta atividade econômica, considerada a mais importante do estado.   Ao fazer uma análise histórica, Zé Nunes comentou que, desde a década de 90, a atuação de corporações transnacionais ligadas aos negócios agrícolas ganhou relevo no Brasil, num movimento de expansão da agricultura capitalista que delineou uma nova etapa de modernização técnica da agricultura no país, designada como agronegócio. O deputado citou que a pequena propriedade familiar foi a mais prejudicada pela capitalização do campo, principalmente, devido à monocultura. Para ele, “o projeto de modernização capitalista do campo teve a resistência dos pequenos agricultores e suas organizações, que, em muitas situações, denunciaram e cobraram dos governos as consequências aos pequenos pelo projeto adotado”.   Organizações do Campo   Zé Nunes citou as organizações sociais no campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Via Campesina, o Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da CUT (DNTR), que deram origem à Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF), que começam a participar da vida ativa de disputas e conquistas no campo. “Surge, assim, um novo cenário, novos embates e estabelece-se um novo arranjo institucional no país.” Como resultado do fortalecimento destas organizações, o deputado Zé Nunes citou que, já em 1995, é criado o “grande instrumento” para a consolidação da agricultura familiar como categoria, o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), cujo proposta era a de para propiciar condições de aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria da renda dos agricultores familiares. “Na sequência, e após muita mobilização, é criado o MDA, durante o governo FHC, agora extinto por Michel Temer.”   Ministério   Em defesa do MDA, o deputado afirmou que ??o ministério teve como competências a reforma agrária, a promoção do desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares, a identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos. “Um ministério importante, assim como a própria agricultura familiar, responsável pelo abastecimento de cerca de 87% dos produtos da cesta básica dos brasileiros.”   Foi nos governos Lula e Dilma que ocorreram os maiores investimentos federais na agricultura familiar. Zé Nunes ??apresentou números que demonstram essa evolução. Com o MDA??, o P??ronaf, em nível nacional, saiu de menos de R$ 2 bilhões, em 95/96, para ??R$ 10?? bi??lhões?? (84% executados)??, em 2006/2007????. Com a presidenta Dilma Roussef, “temos a projeção no Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/ 2017 de R$ ??30 ??bilhões. No RS, o Pronaf, no período de 1998 a 2010, foram aplicados, aproximadamente, R$ 15,6 bilhões.   “Extinguir o MDA, no primeiro dia de governo interino, diz muito do caráter e das pretensões dos golpistas. A crueldade, o sadismo e o sentimento de impunidade costumam sempre andar juntos. Até que o povo os derrote”, comentou Zé Nunes.   Aparte   Ao ??se manifestar sobre o assunto, o deputado estadual Altemir Tortelli destacou a importância de formação de uma grande unidade dos diferentes segmentos da Agricultura Familiar para resistir às medidas que o “governo interino e golpista” de Michel Temer está adotando no Brasil. “Conquistas históricas, garantidas com mais de 30 anos de luta social pelas organizações da agricultura familiar, estão ameaçadas. Esse debate é fundamental para nos chamar a responsabilidade de luta, a partir de uma grande unidade do conjunto das entidades do setor, para fazer o enfrentamento contra esse governo golpista, que não respeita a classe trabalhadora e nem a luta de homens e mulheres que deram suas vidas para conseguir um pouco de dignidade e decência ao meio rural brasileiro”, afirmou Tortelli.   SDR   A criação da SDR foi uma das mais importantes ações do começo do governo Tarso Genro, que proporcionou, inclusive, o combate à pobreza extrema no meio rural. Em valores, o governo Tarso investiu na SDR R$ 1,4 bilhão, recuperou a Emater e revitalizou a Ceasa. Mas, em 2015, uma guinada mudou os rumos de toda uma proposta que estava dando bons resultados. Ao assumir o governo, Sartori não extinguiu a SDR, mais por conveniência política do que por opção de projeto. Porém, reduziu a Secretaria, sucateou a Emater, paralisou programas e diminuiu a aplicação de recursos pela metade.   O ex-ministro, Guilherme Cassel (MDA), o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, a coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Bach e o coordenador da Unicafes, Gervásio Plucinscki foram algumas das autoridades que prestigiaram a manifestação do deputado Zé Nunes.   Fetraf RS



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