Fetraf RS distribui leite em defesa das políticas públicas e contra à crise

As manifestações ocorreram na cidade de Erechim com a participação de milhares de agricultores familiares de todo o estado

Escrito por: Texto Maytê Ramos Fetraf RS / Edição Patrícia Costa - CONTRAF BRASIL • Publicado em: 18/10/2017 - 17:59 • Última modificação: 18/10/2017 - 18:08 Escrito por: Texto Maytê Ramos Fetraf RS / Edição Patrícia Costa - CONTRAF BRASIL Publicado em: 18/10/2017 - 17:59 Última modificação: 18/10/2017 - 18:08

Fetraf RS Fetraf RS realiza ato em protesto a crise do leite no país

Contra à crise do leite que atinge milhares de agricultores e agricultoras familiares da região sul do país, a Fetraf do Rio Grande do Sul realizou nesta quarta-feira 18.10 um ato político na cidade de Erechim, para chamar atenção da sociedade ao problema que afeta não apenas a vida das famílias do campo, mas também toda a economia do Brasil.

Agricultores e agricultoras familiares distribuíram leite na avenida principal da cidade. A mobilização é contra o baixo preço do leite pago ao produtor que já teve quatro quedas consecutivas e hoje recebe R$0,60 centavos por litro de leite. Além disso, com a economia em recessão o brasileiro passou a comprar menos e o setor teve uma diminuição de 20% no consumo do leite. Outro agravante da crise, é o sistema de importação adotado pelo atual Governo, que tem importado mais do que exportado. Hoje o Brasil no lugar de vender o leite e fortalecer sua economia, o Governo compra 86% da produção de leite em pó desnatado uruguaio e 72% do integral.

"Precisamos que o governo do Estado do Rio Grande do Sul revogue o decreto que facilita a importação de empresas de outros países", comenta Rui Valença, coordenador da Fetraf do Rio Grande do Sul.

As manifestações acontecem com o objetivo de sensibilizar a sociedade e os governos estadual e federal para a crise do leite, no sentido de barrar medidas que travem o crescimento do setor e assim poder avançar no mercado leiteiro. "A luta de nós produtores de leite é para que o governo restabeleça cotas de importação do leite uruguaio. Pedimos que o governo compre leite da agricultura familiar via programas de aquisição de alimentos para formação de estoque (PAA) e alimentação escolar (PNAE)", explica Rui Valença.

A Fetraf-RS acredita na importância da produção local e se preocupa com as famílias que têm sua renda mensal vinculada à cadeia produtiva do leite. Para a entidade, é preciso desenvolver medidas que remontem o preço adequado do produto. Na atual conjuntura política, todas as políticas públicas relacionadas à agricultura familiar sofreram cortes drásticos para 2018, além do que faltando apenas pouco mais de dois meses para terminar o ano os recursos de 2017 ainda estão contingenciados.

"Menos recursos e menos subsídios aumentam o custo de produção e prejudicam a renda do produtor principalmente em um cenário de crise econômica e diminuição do consumo dos produtos alimentícios produzidos pela agricultura familiar, numa falta de incentivo ao fomento da produção local" avalia o coordenador.

Falta de incentivo 

O fim das políticas públicas que protegiam a agricultura familiar somado à redução do consumo com a crise econômica levou a uma queda drástica no valor do leite, o que prejudicou o produtor e a manutenção da produção. Segundo a Fetraf RS, se a crise persistir estima-se que mais 50.000 agricultores abandonarão a atividade – lembrando que outros 24.700 já deixaram a produção nos últimos anos.

Esperança

Os trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar tentam negociar a recomposição do orçamento para os programas da agricultura familiar, como também reveja os cortes de recursos nas políticas públicas para 2018. A Fetraf-RS reivindica que o governo reveja suas medidas e adote políticas de comercialização beneficiando os produtores da agricultura familiar, pois a categoria é responsável pela produção de 58% do leite no país. Ainda, a Fetraf RS quer promover o debate acerca do ICMS do leite e solicita a suspensão dos decretos estaduais que favorecem a importação do leite e assim valorizar mais os agricultores familiares do Rio Grande do Sul e demais regiões do Brasil.

Título: Fetraf RS distribui leite em defesa das políticas públicas e contra à crise, Conteúdo: Contra à crise do leite que atinge milhares de agricultores e agricultoras familiares da região sul do país, a Fetraf do Rio Grande do Sul realizou nesta quarta-feira 18.10 um ato político na cidade de Erechim, para chamar atenção da sociedade ao problema que afeta não apenas a vida das famílias do campo, mas também toda a economia do Brasil. Agricultores e agricultoras familiares distribuíram leite na avenida principal da cidade. A mobilização é contra o baixo preço do leite pago ao produtor que já teve quatro quedas consecutivas e hoje recebe R$0,60 centavos por litro de leite. Além disso, com a economia em recessão o brasileiro passou a comprar menos e o setor teve uma diminuição de 20% no consumo do leite. Outro agravante da crise, é o sistema de importação adotado pelo atual Governo, que tem importado mais do que exportado. Hoje o Brasil no lugar de vender o leite e fortalecer sua economia, o Governo compra 86% da produção de leite em pó desnatado uruguaio e 72% do integral. Precisamos que o governo do Estado do Rio Grande do Sul revogue o decreto que facilita a importação de empresas de outros países, comenta Rui Valença, coordenador da Fetraf do Rio Grande do Sul. As manifestações acontecem com o objetivo de sensibilizar a sociedade e os governos estadual e federal para a crise do leite, no sentido de barrar medidas que travem o crescimento do setor e assim poder avançar no mercado leiteiro. A luta de nós produtores de leite é para que o governo restabeleça cotas de importação do leite uruguaio. Pedimos que o governo compre leite da agricultura familiar via programas de aquisição de alimentos para formação de estoque (PAA) e alimentação escolar (PNAE), explica Rui Valença. A Fetraf-RS acredita na importância da produção local e se preocupa com as famílias que têm sua renda mensal vinculada à cadeia produtiva do leite. Para a entidade, é preciso desenvolver medidas que remontem o preço adequado do produto. Na atual conjuntura política, todas as políticas públicas relacionadas à agricultura familiar sofreram cortes drásticos para 2018, além do que faltando apenas pouco mais de dois meses para terminar o ano os recursos de 2017 ainda estão contingenciados. Menos recursos e menos subsídios aumentam o custo de produção e prejudicam a renda do produtor principalmente em um cenário de crise econômica e diminuição do consumo dos produtos alimentícios produzidos pela agricultura familiar, numa falta de incentivo ao fomento da produção local avalia o coordenador. Falta de incentivo  O fim das políticas públicas que protegiam a agricultura familiar somado à redução do consumo com a crise econômica levou a uma queda drástica no valor do leite, o que prejudicou o produtor e a manutenção da produção. Segundo a Fetraf RS, se a crise persistir estima-se que mais 50.000 agricultores abandonarão a atividade – lembrando que outros 24.700 já deixaram a produção nos últimos anos. Esperança Os trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar tentam negociar a recomposição do orçamento para os programas da agricultura familiar, como também reveja os cortes de recursos nas políticas públicas para 2018. A Fetraf-RS reivindica que o governo reveja suas medidas e adote políticas de comercialização beneficiando os produtores da agricultura familiar, pois a categoria é responsável pela produção de 58% do leite no país. Ainda, a Fetraf RS quer promover o debate acerca do ICMS do leite e solicita a suspensão dos decretos estaduais que favorecem a importação do leite e assim valorizar mais os agricultores familiares do Rio Grande do Sul e demais regiões do Brasil.



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