Fetraf divulga Nota de Repúdio a pulverização aérea aprovada pelo governo de Temer

Para os coordenadores da Fetraf Brasil, a medida pode trazer vários problemas a saúde da população e vai contra todas as bandeiras defendidas pela categoria

Escrito por: Assessoria de Comunicação da Fetraf Brasil • Publicado em: 06/07/2016 - 16:54 Escrito por: Assessoria de Comunicação da Fetraf Brasil Publicado em: 06/07/2016 - 16:54

Diante das medidas retrógadas do governo interino de Michel Temer a Fetraf divulga mais uma nota de repúdio a lei aprovada no último dia 27 de junho que autoriza a pulverização aérea de inseticidas nas regiões habitadas do país, como escolas, clubes, campos, cidades, e tantas outras ocupadas pelo povo.

Para os coordenadores da Fetraf Brasil, a medida pode trazer vários problemas a saúde da população e vai contra todas as bandeiras defendidas pela categoria como segurança alimentar, produção sustentável e aquelas que caracterizam a preservação do meio ambiente e seus recursos naturais.

Veja abaixo a íntegra da Nota de Repúdio da entidade. Baixe o documento AQUI

 

                                               FETRAF CONTRA A PULVERIZAÇÃO AÉREA

A Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF) manifesta o total repúdio a autorização de pulverização aérea aprovada pelo governo interino de Michel Temer, no último dia 27 de junho, quando foi aprovada a lei nº 13.301/2016.

O inciso IV da lei permiti a incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida. Isso significa que venenos serão despejados na população de maneira geral, ou seja, escolas, campos, creches, hospitais, clubes, esportes, feiras, lagoas, centrais de abastecimento de água e todos as regiões habitáveis.

A lei de pulverização aérea veio camuflada nas medidas de combate ao mosquito transmissor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika. Os movimentos da saúde, entidades e órgãos como Ministério da Saúde, Abrasco, Fiocruz, Conass e Conasems já se manifestaram contra esse mecanismo, afirmando que a pulverização aérea é perigosa porque atinge muitos outros alvos além do mosquito e justo por isso, é ineficaz.

Nesse cenário a pulverização aérea também acaba com o meio ambiente, os recursos naturais, degrada o solo, contamina as águas e animais, além de muitos outros agravantes, inclusive das políticas públicas da qual a Fetraf defende que é do alimento limpo e saudável e plantio com sustentabilidade.

Vale ressaltar que a lei veio do Sindicato de Aviação Agrícola (Sindag), coincidentemente no mesmo ano em que a venda de agrotóxicos recuou 20%. Essa reflexão é pertinente quando se pensa que o cenário político tende a privilegiar os interesses privados sob o público.

A Fetraf considera essa postura oportunista que trabalha a favor da bancada do agronegócio, que busca seus interesses no Congresso por meio de leis e decretos, visando apenas o lucro e desconsiderando os riscos à saúde da população.

Os trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar discordam veemente do governo interino, que aprovou a lei mesmo sabendo das doenças que podem vir surgir com o envenenamento via aéreo da população.

A Fetraf, entidade que defende a agricultura familiar, preza pelo plantio com qualidade, a segurança alimentar e agricultura sustentável. Políticas de produção que inclusive são reconhecidos por entidades e instituições como FAO e Banco Mundial por ajudarem erradicar a fome e desnutrição.

Se hoje existe uma cultura mundial de sustentabilidade, agricultura com preservação ambiental e comida livre de agrotóxicos é inaceitável políticas que vem na contramão e direção ao retrocesso.

A Fetraf alerta a população que neste atual cenário a atenção do consumidor deve ser redobrada ao escolherem seus produtos alimentícios, pois saber diferenciar o alimento limpo e saudável é essencial quando se tem um governo que incentiva o uso de agrotóxicos.

Já que o Estado atual não mostra a devida preocupação com a prevenção da saúde pública é necessário que cada cidadão tenha consciência do que está ingerindo e valorizar a agricultura sustentável, o que significa cuidar da saúde.

Coordenação da Fetraf Brasil

Título: Fetraf divulga Nota de Repúdio a pulverização aérea aprovada pelo governo de Temer, Conteúdo: Diante das medidas retrógadas do governo interino de Michel Temer a Fetraf divulga mais uma nota de repúdio a lei aprovada no último dia 27 de junho que autoriza a pulverização aérea de inseticidas nas regiões habitadas do país, como escolas, clubes, campos, cidades, e tantas outras ocupadas pelo povo. Para os coordenadores da Fetraf Brasil, a medida pode trazer vários problemas a saúde da população e vai contra todas as bandeiras defendidas pela categoria como segurança alimentar, produção sustentável e aquelas que caracterizam a preservação do meio ambiente e seus recursos naturais. Veja abaixo a íntegra da Nota de Repúdio da entidade. Baixe o documento AQUI                                                  FETRAF CONTRA A PULVERIZAÇÃO AÉREA A Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF) manifesta o total repúdio a autorização de pulverização aérea aprovada pelo governo interino de Michel Temer, no último dia 27 de junho, quando foi aprovada a lei nº 13.301/2016. O inciso IV da lei permiti a incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida. Isso significa que venenos serão despejados na população de maneira geral, ou seja, escolas, campos, creches, hospitais, clubes, esportes, feiras, lagoas, centrais de abastecimento de água e todos as regiões habitáveis. A lei de pulverização aérea veio camuflada nas medidas de combate ao mosquito transmissor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika. Os movimentos da saúde, entidades e órgãos como Ministério da Saúde, Abrasco, Fiocruz, Conass e Conasems já se manifestaram contra esse mecanismo, afirmando que a pulverização aérea é perigosa porque atinge muitos outros alvos além do mosquito e justo por isso, é ineficaz. Nesse cenário a pulverização aérea também acaba com o meio ambiente, os recursos naturais, degrada o solo, contamina as águas e animais, além de muitos outros agravantes, inclusive das políticas públicas da qual a Fetraf defende que é do alimento limpo e saudável e plantio com sustentabilidade. Vale ressaltar que a lei veio do Sindicato de Aviação Agrícola (Sindag), coincidentemente no mesmo ano em que a venda de agrotóxicos recuou 20%. Essa reflexão é pertinente quando se pensa que o cenário político tende a privilegiar os interesses privados sob o público. A Fetraf considera essa postura oportunista que trabalha a favor da bancada do agronegócio, que busca seus interesses no Congresso por meio de leis e decretos, visando apenas o lucro e desconsiderando os riscos à saúde da população. Os trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar discordam veemente do governo interino, que aprovou a lei mesmo sabendo das doenças que podem vir surgir com o envenenamento via aéreo da população. A Fetraf, entidade que defende a agricultura familiar, preza pelo plantio com qualidade, a segurança alimentar e agricultura sustentável. Políticas de produção que inclusive são reconhecidos por entidades e instituições como FAO e Banco Mundial por ajudarem erradicar a fome e desnutrição. Se hoje existe uma cultura mundial de sustentabilidade, agricultura com preservação ambiental e comida livre de agrotóxicos é inaceitável políticas que vem na contramão e direção ao retrocesso. A Fetraf alerta a população que neste atual cenário a atenção do consumidor deve ser redobrada ao escolherem seus produtos alimentícios, pois saber diferenciar o alimento limpo e saudável é essencial quando se tem um governo que incentiva o uso de agrotóxicos. Já que o Estado atual não mostra a devida preocupação com a prevenção da saúde pública é necessário que cada cidadão tenha consciência do que está ingerindo e valorizar a agricultura sustentável, o que significa cuidar da saúde. Coordenação da Fetraf Brasil



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