Estiagem é um problema nacional

Nordeste e Sul do país são castigados pela seca. FETRAF elabora pauta nacional e na próxima semana tratará do tema com MDA e MI

Escrito por: FETRAF • Publicado em: 30/03/2012 - 00:00 Escrito por: FETRAF Publicado em: 30/03/2012 - 00:00

Em audiência com Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA) na última quinta-feira (29), a FETRAF expôs a situação das regiões Sul e Nordeste do país, que têm sido assoladas pelos efeitos da estiagem. Na ocasião, foi deliberado pela criação de uma pauta comum a ser discutida com os órgãos de governo responsáveis.

Segundo a Defesa Civil da Bahia, 126 municípios decretaram estado de emergência, mais de 100 estão sendo abastecidos por carro-pipa e, mais de 2,2 milhões de pessoas estão sendo prejudicadas. No Piauí, são 54 municípios em situação de emergência. Mais de 90% das sacas de feijão e milho estão perdidas, além da produção de mel.

No Sul, a situação não é diferente, em janeiro deste ano, o número passava de 370 municípios em situação de emergência devido à estiagem que atinge os três. No Rio Grande do Sul, 282 cidades tiveram o estado decretado.

Para Elisângela dos Santos Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL a conclusão é de que o problema é nacional e uma pauta comum entre os estados deve ser elaborada para que os agricultores não sejam mais prejudicados.

“Esse é o momento de colocarmos em prática as reivindicações, de levar água para os estados. Água para consumo, produção. Temos que garantir a renda do agricultor, a  fonte da sua sobrevivência”, disse Elisângela.

Celso Ludwig, coordenador Geral da FETRAF-SUL, considera favorável a unificação. “A Federação é dos agricultores, é feita para eles e defende a agricultura familiar da mesma forma. A estiagem é um dos problemas que temos em comum e podemos nos unir para encontrar soluções”, afirmou.

Em janeiro, o governo federal e do estado de Santa Catarina, assinaram acordo para liberação de mais R$ 353 mil para o auxílio no transporte de água, contratação de serviços para produzir silagem e captação emergencial de água. Além de R$ 10 milhões de cotas extras de financiamento do programa Juro Zero na Agricultura e Piscicultura do Fundo de Desenvolvimento Rural da Secretaria de Agricultura e da Pesca do estado, a serem aplicados em sistemas de captação e armazenagem da água da chuva e irrigação.

No Rio Grande do Sul, o governo federal destinou R$ 28 milhões para ações emergenciais e o governo do Estado também liberou R$ 26,4 milhões para a mesma finalidade. Mas as medidas são insuficientes para atender aos produtores.

No último dia 26, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, esteve em Salvador e assinou convênio no valor de R$ 168 milhões para implantação de 240 mil sistemas de abastecimento d’água, com o uso de cisternas e poços, mas as medidas emergencias precisam ser implantadas para tornar possível a oferta de água e alimentos.

Nos próximos dias, a FETRAF terá reunião com os Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Integração Nacional para tratar do tema.

 

Título: Estiagem é um problema nacional, Conteúdo: Em audiência com Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA) na última quinta-feira (29), a FETRAF expôs a situação das regiões Sul e Nordeste do país, que têm sido assoladas pelos efeitos da estiagem. Na ocasião, foi deliberado pela criação de uma pauta comum a ser discutida com os órgãos de governo responsáveis. Segundo a Defesa Civil da Bahia, 126 municípios decretaram estado de emergência, mais de 100 estão sendo abastecidos por carro-pipa e, mais de 2,2 milhões de pessoas estão sendo prejudicadas. No Piauí, são 54 municípios em situação de emergência. Mais de 90% das sacas de feijão e milho estão perdidas, além da produção de mel. No Sul, a situação não é diferente, em janeiro deste ano, o número passava de 370 municípios em situação de emergência devido à estiagem que atinge os três. No Rio Grande do Sul, 282 cidades tiveram o estado decretado. Para Elisângela dos Santos Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL a conclusão é de que o problema é nacional e uma pauta comum entre os estados deve ser elaborada para que os agricultores não sejam mais prejudicados. “Esse é o momento de colocarmos em prática as reivindicações, de levar água para os estados. Água para consumo, produção. Temos que garantir a renda do agricultor, a  fonte da sua sobrevivência”, disse Elisângela. Celso Ludwig, coordenador Geral da FETRAF-SUL, considera favorável a unificação. “A Federação é dos agricultores, é feita para eles e defende a agricultura familiar da mesma forma. A estiagem é um dos problemas que temos em comum e podemos nos unir para encontrar soluções”, afirmou. Em janeiro, o governo federal e do estado de Santa Catarina, assinaram acordo para liberação de mais R$ 353 mil para o auxílio no transporte de água, contratação de serviços para produzir silagem e captação emergencial de água. Além de R$ 10 milhões de cotas extras de financiamento do programa Juro Zero na Agricultura e Piscicultura do Fundo de Desenvolvimento Rural da Secretaria de Agricultura e da Pesca do estado, a serem aplicados em sistemas de captação e armazenagem da água da chuva e irrigação. No Rio Grande do Sul, o governo federal destinou R$ 28 milhões para ações emergenciais e o governo do Estado também liberou R$ 26,4 milhões para a mesma finalidade. Mas as medidas são insuficientes para atender aos produtores. No último dia 26, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, esteve em Salvador e assinou convênio no valor de R$ 168 milhões para implantação de 240 mil sistemas de abastecimento d’água, com o uso de cisternas e poços, mas as medidas emergencias precisam ser implantadas para tornar possível a oferta de água e alimentos. Nos próximos dias, a FETRAF terá reunião com os Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Integração Nacional para tratar do tema.  



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