Avaliação da FETRAF/BRASIL sobre o plano safra 2015-2016

Marcos Rochinski, coordenador nacional da Fetraf/Brasil, expõe sua opinião sobre o anúncio do Plano Safra realizado neste segunda-feira (22) pelo Governo Federal.

Escrito por: FETRA/BRASIL • Publicado em: 22/06/2015 - 18:35 Escrito por: FETRA/BRASIL Publicado em: 22/06/2015 - 18:35

 

Marcos Rochinski, coordenador nacional da Fetraf/Brasil, expõe sua opinião sobre o anúncio do Plano Safra realizado neste segunda-feira (22) pelo Governo Federal. Para ele, o plano Safra está aquém daquilo que foi almejado, mas já mostra avanços consideráveis para a categoria. Acompanhe.

Mesmo que as taxas de juros para o crédito sejam negativas, a FETRAF/BRASIL avalia com preocupação quando compara a safra atual com a apresentada em 2014. Temos receio de que isso possa restringir o crédito para famílias de baixa renda.

Outro elemento dentre as medidas anunciadas que nos preocupa, é o fato de que elas dependem essencialmente de um acompanhamento maior nas propriedades, ou seja, uma presença efetiva de assistência técnica e extensão rural. Por mais que tenha sido anunciada a nova direção da agência nacional de assistência técnica, ainda demanda tempo para que essas politicas “engrenem”.  E sem assistência técnica não é possível avançar em outras medidas anunciadas no plano safra deste ano, sobretudo na estruturação do cooperativismo, na implementação do SUASA e no acesso aos mercados institucionais.

No entanto, nós ressaltamos que as medidas de ampliação dos mercados institucionais, da desburocratização das agro-indústrias familiares e o incentivo ao cooperativismo são as grandes novidades deste ano.  Visto que esse conjunto de medidas pode possibilitar um avanço na agregação de valor dos agricultores familiares, bem como melhorias de renda para suas famílias.

A FETRAF/BRASIL vai continuar acompanhando a efetivação de todas as medidas que foram apresentadas, não só daquelas que tiveram decretos e portarias assinadas, mas também, as que estão em fase de construção. Tais como a política nacional de sucessão nas propriedades rurais e o processo de implantação da agência nacional da assistência técnica. Além dessas, temos ainda a aplicação de todas as politicas de crédito, assistência técnica por parte dos agentes financeiros e das estruturas que desenvolvem assistência técnica nas propriedades.

O plano safra não demonstra tudo aquilo que almejávamos e reivindicávamos, mas traz avanços na nossa pauta de reivindicação. No entanto, avanços que precisam ser efetivados através de órgãos competente, sejam eles bancos (na aplicação do crédito), sejam as entidades de assistência técnica, ou até mesmo as nossas organizações, que certamente  vão precisar de capacitação para disputar mercados e construir um processo de agregação de valor na produção.

Mesmo não conseguindo todas as nossas reivindicações, devemos ressaltar que o conquistado se da fundamentalmente ao fato de termos estruturado uma pauta de reivindicações contundente. E ainda, temos desenvolvido um processo intenso de negociação com o centro do governo, sobretudo com o ministério da fazenda, na perspectiva de que não houvessem cortes dos orçamentos relacionados à agricultura familiar. Daqui para frente o que precisamos é supervisionar a implementação e se necessário, discutir novos processos de negociação e mobilização junto ao governo federal.

Título: Avaliação da FETRAF/BRASIL sobre o plano safra 2015-2016, Conteúdo:   Marcos Rochinski, coordenador nacional da Fetraf/Brasil, expõe sua opinião sobre o anúncio do Plano Safra realizado neste segunda-feira (22) pelo Governo Federal. Para ele, o plano Safra está aquém daquilo que foi almejado, mas já mostra avanços consideráveis para a categoria. Acompanhe. Mesmo que as taxas de juros para o crédito sejam negativas, a FETRAF/BRASIL avalia com preocupação quando compara a safra atual com a apresentada em 2014. Temos receio de que isso possa restringir o crédito para famílias de baixa renda. Outro elemento dentre as medidas anunciadas que nos preocupa, é o fato de que elas dependem essencialmente de um acompanhamento maior nas propriedades, ou seja, uma presença efetiva de assistência técnica e extensão rural. Por mais que tenha sido anunciada a nova direção da agência nacional de assistência técnica, ainda demanda tempo para que essas politicas “engrenem”.  E sem assistência técnica não é possível avançar em outras medidas anunciadas no plano safra deste ano, sobretudo na estruturação do cooperativismo, na implementação do SUASA e no acesso aos mercados institucionais. No entanto, nós ressaltamos que as medidas de ampliação dos mercados institucionais, da desburocratização das agro-indústrias familiares e o incentivo ao cooperativismo são as grandes novidades deste ano.  Visto que esse conjunto de medidas pode possibilitar um avanço na agregação de valor dos agricultores familiares, bem como melhorias de renda para suas famílias. A FETRAF/BRASIL vai continuar acompanhando a efetivação de todas as medidas que foram apresentadas, não só daquelas que tiveram decretos e portarias assinadas, mas também, as que estão em fase de construção. Tais como a política nacional de sucessão nas propriedades rurais e o processo de implantação da agência nacional da assistência técnica. Além dessas, temos ainda a aplicação de todas as politicas de crédito, assistência técnica por parte dos agentes financeiros e das estruturas que desenvolvem assistência técnica nas propriedades. O plano safra não demonstra tudo aquilo que almejávamos e reivindicávamos, mas traz avanços na nossa pauta de reivindicação. No entanto, avanços que precisam ser efetivados através de órgãos competente, sejam eles bancos (na aplicação do crédito), sejam as entidades de assistência técnica, ou até mesmo as nossas organizações, que certamente  vão precisar de capacitação para disputar mercados e construir um processo de agregação de valor na produção. Mesmo não conseguindo todas as nossas reivindicações, devemos ressaltar que o conquistado se da fundamentalmente ao fato de termos estruturado uma pauta de reivindicações contundente. E ainda, temos desenvolvido um processo intenso de negociação com o centro do governo, sobretudo com o ministério da fazenda, na perspectiva de que não houvessem cortes dos orçamentos relacionados à agricultura familiar. Daqui para frente o que precisamos é supervisionar a implementação e se necessário, discutir novos processos de negociação e mobilização junto ao governo federal.



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