Fórum Social Mundial 2018

21/02/2018 - 16:07

O evento acontece em Salvador entre os dias 13 a 17 de março.

A diversidade das lutas ruma para Salvador

O FSM 2018 ocorrerá em Salvador, Bahia, com seminários, plenárias, oficinas, atividades culturais e conferências. Terá marchas e atos pela cidade. Mobilizará redes solidárias de acolhida a participantes e também a comunidade acadêmica.

Na universidade, na cidade, nas periferias

O território principal será a Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas o FSM se espraiará pelos espaços públicos, culturais e periferias da cidade. Haverá acampamento para juventude. Para participar, movimentos sociais, coletivos e organizações procuram viabilizar desde já suas delegações, podendo apoiar participantes de outros lugares, contribuindo para um Fundo Solidário ou convidando diretamente quem não pode custear seu transporte.

Encontro da resistência

Os sonhos da humanidade hoje se defrontam com os fundamentalismos das guerras e xenofobias e dos sistemas de dominação com suas novas formas de golpear liberdades e democracias. A capacidade de resistir é violentamente desafiada. Por isso as organizações e movimentos alinhados com a Carta de Princípios do Fórum Social Mundial novamente se auto-convocam para reunir sua diversidade de lutas e somar forças para a resistência.

Salvador 2018 será esse momento de encontro: horizontal, autogestionado, determinado. Se você concorda com a Carta de Princípios do FSM,  já é parte. Contribua, presencialmente ou à distância. O encontro de Salvador estará em rede, com todos e todas que quiserem participar.

As inscrições, de participantes e de atividades autogestionadas ficam abertas de dezembro de 2017 a 25 de fevereiro de 2018 pelo site www.fsm2018.org. Para saber mais, escreva para [email protected]

Histórico do FSM –  O Fórum Social Mundial nasceu  em 2001 por organizações e movimentos sociais que, a partir de uma proposta inicial, se auto-convocaram e mobilizaram para um grande encontro em Porto Alegre, em contraposição ao neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico Mundial, que ocorria ao mesmo tempo em Davos, na Suiça.

Os acontecimentos mundiais que sucederam ao primeiro FSM chocaram-se com os anseios de paz da humanidade. No mesmo ano 2001 vieram abaixo as Torres Gêmeas. E em nome de combater o terrorismo, o Ocidente capitaneado pelos EUA passou a justificar novas guerras e semear novas formas de terror, a estigmatizar povos inteiros por suas etnias e culturas e a perseguir violentamente os imigrantes. Armou-se sem hesitar para combater justamente a diversidade que o FSM nasceu para celebrar.

Contra tudo isso, as lutas reunidas no FSM conseguiram impulsionar mudanças e apontar caminhos. hoje seriamente ameaçados. Na América Latina, em especial, foram possíveis experiências mais democráticas, de ascensão de forças populares, de indígenas e trabalhadores, ou mais progressistas, aos governos. E contra as quais também se organizaram todas as forças conservadoras.

Com as primeiras edições em Porto Alegre (2001, 2002, 2003 e 2005), o FSM percorreu o mundo com encontros em Mumbai, Caracas, Karashi, Bamako, Nairobi, Belém, Dacar, Tunis e Montreal. Além de edições temáticas, regionais, continentais.

Ao Norte da África, a construção de duas edições mundiais foi parte dos acontecimentos da chamada Primavera Árabe. No Canadá, têve pela primeira vez sua realização em um país do Norte, com forte protagonismo da juventude.

O FSM volta ao Brasil após uma fase de intensos debates sobre o futuro das lutas sociais e do próprio processo FSM, com a perspectiva de servir aos movimentos de resistência contra o avanço das forças neoliberais e suas investidas contra as jovens democracias na América Latina.  Próxima etapa: março de 2018.